diz-se

domingo, 27 de janeiro de 2013

2012 foi um ano injusto

Não postamos nada durante meses e voltamos a correr ao blogue para uma lista rapidinha e claro... cometi incríveis falhas. Estive em viagem mais de 60 horas entre aeroportos e aviões e fui quase sempre salvo do absoluto tédio pelos phones. Eu que muito raramente ouço música assim, mesmo pelas orelhas, descobri, claro, coisas incríveis.
Que os Django Django são a melhor banda sonora para acompanhar as deslocações a pé nos aeroportos.
Que Angus & Julia Stone são a banda sonora perfeita para a saudade.
Que do Walter Benjamin devia ser obrigatório em qualquer Gate de qualquer aeroporto.
Que o Andrew Bird é o génio dos génios mas isso já se sabe há muito tempo.
Que fui tão injusto ao ignorar o magnífico bando do Edward da minha lista de melhores álbuns de 2012. O Here é, de facto, maravilhoso

.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

DOZE - Part II

O parceiro do crime lancou o mote por isso segue em baixo a minha lista. Por vezes os gostos coincidem. Outras nem tanto.
Quanto ao "blog", este 2.semestre foi mesmo uma desgraca. Cada um com os seus problemas e vidas levaram a que a ideia fosse abandonada. Quem sabe 2013 traga melhores dias a esta ideia...

A MINHA LISTA DE 12
1.   Dead Can Dance - Anastasis
2.   Alt-J - An Awesome Wave
3.    Dry the River – Shallow Bed
4.    Les Irrepressibles - Nude
5.    Patrick Watson - Adventures in Your Own Backyard
6.    Andrew Bird - Hands of Glory
7.    Mark Lanegan – Blues Funeral
8.    Shearwater – Animal Joy
9.    The Maccabees – Given to the wild
10.  Grant Lee Phillips – Walking in the Green Corn
11.   Kyte – Love to be Lost
12.   Lana Del Rey – Born to die


E da mesma forma deixo uma musiquita...tive a felicidade de os ver duas vezes este ano em Atlanta, USA e Barcelona, Spain. Uma experiencia unica.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

DOZE

Um blogue que durante seis meses não posta não é um blogue. Mas em sua defesa podemos dizer que nunca foi um blogue. Era uma coisa. Infelizmente todas as outras coisas que ocupam os jovens autores, do dito blogue, foram tornando-se mais e mais pesadas.
Então terminemos. Pelo menos com o ano.
Aproveito o embalo de tudo que é blogue, site ou que tal para publicar o top 12 de albuns editados em 2012. Sim. Faço a graçola. Não é o top 10, ou 5, ou 25. É o top do 12 do ano 12.
Luis, desafio-te. E depois adormecemos mais 13 meses. Ou anos.

A MINHA LISTA DE 12
1.    Andrew Bird - Hands of Glory
2.    Patrick Watson - Adventures in Your Own Backyard
3.    Lambchop - Mr M
4.    Django Django - Django Django
5.    Alt-J - An Awesome Wave
6.    Beach House - Bloom
7.    XX - Coexist
8.    Bobby Womack - The Bravest Man In The Universe
9.    M Ward - A Wasteland Companion
10.    Father John Misty - Fear Fun
11.    The Tindersticks - The Something Rain
12.    Walter Benjamin - The Imaginary Life of Rosemary and me

A ordem talvez deva ser revista. E daqui a nada lembrar-me-ei de correcções que já não farei.
E deixo uma música para abrilhantar:

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Masturbação

Na América, Luis, há gente que defende coisas parvas só para aparecer, não é?
A Constance Johnson, por exemplo, quer acabar com a masturbação masculina. Pelos argumentos apresentados a masturbação feminina, essa, será sempre legal. Légal, dirão as brasileiras.
Quer também punir os sonhos húmidos! Não podem os meus filhos, nem eu, sonhar com a colega, ou a senhora mamalhuda do autocarro durante a noite. Porque os lençois não são depósito correcto para sémen. Ela diz que deveria ser proibido depositar esperma em outro local que não na vagina de uma senhora. Quem nos dera a todos.


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Quinas encarnadas

Acabei por ver o jogo de Portugal diante da Dinamarca. Eu não sou fã da selecção. E por vezes recuso-me a ver os jogos da dita equipa das quinas. Mas este ano, sem Scolari e sem Queirós ou Madail e apesar das birras de Bento em deixar de fora Quim e Bosingwa, entre outros, lá vou acompanhando e desejando vitórias. Mas o futebol, confesso, é azul e branco. Ou a certeza de um espectáculo decente e isso raramente se vê quando a equipa das quinas está em campo. Adiante.
Em Portugal a selecção é uma paixão verde e encarnada de onde foi subtraído o verde. Atentem nos nomes dos jogadores que jogaram hoje pela voz do locutor da SIC. Ouviram?


Rui Patrício
João Pereira jogador do Valência
Bruno Alves
Pepe
Fábio Coentrão caxineiro ex jogador do Benfica lateral do Real Madrid
Raul Meireles
Miguel Veloso
João Moutinho
Nani extremo do M United
Postiga
Cristiano Ronaldo estrela do Real Madrid
Nelson Oliveira jovem jogador do Benfica
Rolando
Varela

E durante o aquecimento ainda ouvi "os guarda-redes da selecção Patrício, Beto e Eduardo guardião do Benfica, estão abraçados a motivar-se".
Note-se que em campo estiveram três jogadores do Porto e mais quatro que por lá passaram. Campeões nacionais, europeus e... enfim.

Eu sei que há nove milhões de pessoas a achar que é mania da perseguição. Não é. É apenas a obsessão que alimenta as notícias 12 meses por ano. É que até na selecção, que pouco nos entusiasma, somos melhores. Ah. E aqui até somos mais.
Mas é bonito vê-los chorar emocionados com o Pepe ou o Bruno Alves. Chamar nomes ao Varela quando entra em campo (também eu tantas vezes) e depois chorar de alegria. Coisas raras.


terça-feira, 12 de junho de 2012

Apple Geeks

Recentemente descobri estes jovens. O CD de estreia foi lancado no dia 28 de Maio por isso ainda esta fresquinho. Chamam-se Alt-J e ainda so ouvi duas musicas do cd "An Awesome Wave": "Breezeblocks" (musica  no video em baixo) e "Matilda". Mas e verdadeiramente promissor pois fiquei automaticamente fa. A voz unica de Joe Newman, as batidas a marcarem o ritmo da musica e as diversas sonoridades que eles descarregam nas musicas torna-os muito bons. Tem algo de Wild Beasts (ate ja fizeram uma tour juntos) e ao mesmo tempo algo dos primeiros sons do Patrick Wolf. Mais uma vez o Reino Unido exporta sons de grande qualidade...
Ah, porque Apple Geeks no titulo? Pelos vistos Alt-J e o shortcut para fazer a forma de um triangulo no Mac. E os mocos sao verdadeiros geeks. E como todos os geeks, sao apaixonados da Apple.



PS: recomenda-se visualizacao do video ate ao fim, muito interessante o desenrolar da historia

domingo, 3 de junho de 2012

Time keep on passing us by

Cansado fui ficando pela noite dentro. E antes que resvale pelo paleio vulgar... direito ao assunto: fui dar com isto. E pensei exagerando como quase sempre faço, impossível não se gostar disto. Impossível eu gostar de alguém que não goste disto... e por aí diante que a cabeça tinha a noite toda a pesar-lhe.
Estes moços são visitantes frequentes deste blogue.

Se visitarem outra vez Portugal, já disse, volto à plateia.
Lindo.



O vídeo oficial, por assim dizer, podem ver no site oficial. Por assim dizer. 

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Helen - Georgia



No fim de semana passado resolvi ir ate as montanhas a norte de Atlanta para matar saudades de pedalar com alguma inclinacao. Soube mesmo bem para variar desta monotonia que me rodeia. Mas nao e isto que me faz escrever.
Fiquei perto de uma terriola chamada Helen. E Helen nao e mais do que uma reproducao de uma aldeia da Baviera. Presumo que alguma comunidade alema se tenha instalado naquela terra em outros tempos e agora todas as casas, restaurantes, cafes,...sao replica dessa arquitectura. Ate aqui tudo bem. E obvio que nao deixa de ser mais uma forma de explorar o consumismo pois a viloria traz imenso turismo para ver umas replicas mas pronto. Esta sociedade e assim.
Mas o que foi fantastico foi irmos jantar a um bar local em que estava pejado de habitantes locais. As figuras eram de chorar a rir. De repente vi-me num filme americano com todos os cromos rednecks a face da terra. Surreal. Desde a obesa, com a t-shirt cheia de nodoas e chinelos de quarto, ao fulano de mullet, camisola caveada, tatuagem e texanas, ao gajo tipico de camuflado. Havia de tudo um pouco. Infelizmente nao podia tirar fotos pois o risco de levar um enxerto era elevado mas que dava um belo album de fotos, la isso dava....





quarta-feira, 23 de maio de 2012

A banda do Edward no Tabernacle



Na passada 2feira fui ver a banda do nosso amigo Edward em Atlanta. Ora vamos ao relatorio:
- Local do concerto - The Tabernacle - antiga igreja baptista com mais de cem anos - um espaco muito giro a fazer lembrar o Teatro Sa da Bandeira. Mas com um grande, grande defeito: pior acustica que alguma vez ouvi. Se os concertos la sao sempre assim nao sei como continuam a ter espectadores...
-Concerto - foi um concero longo mais de 2 horas em que abriram com o 40 Day Dream e que por isso anunciava uma grande festa. No entanto nao passou de falso alarme. O concerto acabou por estar uns furos abaixo das expectativas. A banda, constituida por 12 elementos, nao se mostrou coesa (exemplo disso foi de na musica "Jade" a Jade nao estar a maior parte do tempo em palco e ter sido o Alexander a ir busca-la a meio da musica ja com cara de poucos amigos...). O alinhamento deixou a desejar e a roupagem que deram as musicas nao ajudou. Por vezes pareceu que as musicas estavam mais lentas do que no CD. Mas o principal foi a falta de alegria que eles demonstraram quando comparando com o concerto de ha dois anos. Nessa altura todo o concerto tinha um ritmo muito proprio e a alegria era contagiante. Agora essa alegria nao foi transmitida em todo o concerto. Claro que houve excepcoes, como em "Home", "Carries on", "Om Nashi Me" em que o publico foi ao rubro. Mas infelizmente foram excepcoes.
No geral foi um concerto agradavel mas talvez as expectativas estivessem demasiado la em cima (expectativas criadas por eles no concerto de ha 2 anos). Nao quero ser mal interpretado e espero voltar a ve-los muito em breve. Quanto mais nao seja para ver o Alexander dancar e saltar. Imbativel...








segunda-feira, 21 de maio de 2012

HERE

Rápido Luis.
Está tudo aqui. O novo álbum.
A alegria chega assim, da forma mais inesperada. O Man on Fire é já uma festa, em forma de clássico eterno, moderno. Vamos ouvir o resto. Abraço

http://www.npr.org/2012/05/20/152292529/first-listen-edward-sharpe-and-the-magnetic-zeros-here#playlist

(mais coisa menos coisa teremos de ter uma etiqueta BANDO DO EDWARD no nosso blogue)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Arranja-me um (des)emprego

Então é isto. O presidente da república lamenta publicamente as suas dificuldades financeiras. O primeiro ministro, esse, encoraja o povo desempregado dizendo que isso, de estar desempregado, é quase uma oportunidade maravilhosa. Que 15% da população já saboreia. Portugal é dos portugueses e temos aquilo que merecemos.
Esta ideia do empreendorismo para todos é das mais bizarras. Não há trabalho? Inventem. Não há poder de compra, não há créditos, não há dinheiro, não haverá até muitos clientes mas abram o vosso negócio. Vamos todos abrir uma mercearia de bairro. Ou uma alfaiataria. Ou uma tabacaria smoke free. Uma sex shop 2 em 1 em que tudo é comestível. Menú do dia com bebida incluída à hora do almoço e uma happy hour a partir das 17h. Vamos ser criativos e vender gadgets muito bonitos ou panelas também bonitas ou macacos do nariz ou bolas de cera das orelhas. Tudo para exportação com o selo Made in Portugal. Ou vamos plantar o Alentejo e o Minho e o Algarve. Ou vamos para o mar, de cana de pesca ou num bote a remos. Refundemos, nós próprios, as confecções do Vale do Ave, vamos abrir um hostel em cada esquina, uma livraria só de livros para kindle, lojas de disco on line mas de rua. Uma loja de APPS em papel.
Vamos, com entusiasmo e sem medos, sair desta crise. Afinal são já quase 1 milhão de desempregados que tanto podiam fazer. Vejam as oportunidades, pá, elas estão todas aí. Podemos ter, num ápice, 1 milhão de novos negócios. De novas empresas! (Não me recordo é de ter ouvido o sr primeiro ministro falar sobre medidas de incentivo ao tal empreendorismo. Mas já ouvi muitas que atrapalham).

Eu tenho um emprego. Apesar de receber menos do que recebia há uns meses e trabalhar bastante mais. Mas tenho um emprego. Mas além disso tenho uma ideia. Até podia dizer "tenho um projecto em mente". Ando com isto na cabeça, e muito pouco nas mãos, há três ou quatro meses. Pode vir a ser um entretenimento, um complemento ou até uma coisa de futuro. Até porque tenho a minha gaja como parceira. Ou sócia?
Mas, lá está, tenho emprego e umas quantas bocas para alimentar e não saio disto. Da ideia. Não me sobra tempo para dar forma ao nosso negócio. E tenho de encontrar uma palavra para não usar mais esta. Negócio.
Pedro, não consigo agarrar esta oportunidade. Lá está. O sr primeiro ministro tem razão. Eu devia era estar desempregado. Já agora, o sr primeiro ministro também.

O Sérgio Godinho tem de mudar a letra da canção.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Se eu fosse uma banda...

Dry the River

Ultimamente tem estado muito em voga esta nova vertente indie que passa por um Bon Iver, Wild Beasts, Patrick Watson, Andrew Bird, and so on. Nao que esteja a dizer que sao todos iguais mas apenas para falar num estilo de uma forma abrangente.
Os Dry the River estao nesse lote. Ha dias li na NME que o vocalista poderia ser a imagem do filho do Antony Hegarty e Surfjan Stevens. Seria dos dois?! Scary!
Enfim, vale a pena dar o beneficio da duvida e ouvir a musiquita dos mocos...


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Big Bird In My Own Backyard

O Just Another Ordinary Day passou-me longe. Em 2003 o Canadá estaria mais distante do que viria a estar em 2006. Nesse ano, um ano depois deste lado do Atlântico, o Close to Paradise fez-me reparar. E ouvir. E repetir. E repetir. Até hoje. Em 2008 fui até à Aula Magna para nunca mais esquecer. O Wooden Arms, em 2009, não fosse o Big Bird in a Small Cage, não trouxe par para o Man Under the Sea ou Bright Shiny Lights depois de The Storm ou... enfim. Quase deixei de ver o paraíso do Patrick. Mas agora volto a reparar no seu quintal e dos seus elementares Watson.
O que já ouvi do novo álbum deixou-me com o dedo colado no repeat. Mas sou assim. Capaz de fixações exageradas.  E a música é sempre a primeira vítima quando sofremos de burnout. Sofremos?
Eis o moço, os moços aliás, outra vez, que já aqui tinham estado, no SXSW 2012.
Pró ano vais tu. Vamos nós. Isso é que era.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Dead Combo

Amanhã os Dead Combo sobem ao palco da Aula Magna. Serão, mais ou menos, 1500 pessoas.
Assisti a um concerto dos Dead Combo há oito anos. O primeiro. Foi no Bicaense. Eles a um canto. Já com as roupas esquisitas. Sapatos brancos. Chapéus. Fato listado. Nós por ali sentados. No chão. Ou em cadeiras que colocávamos mais a gosto. Seriamos vinte, vinte e cinco. Vi-os depois em muita Lisboa. Cinco anos depois não entrei na ZDB. O concerto estava esgotado. Nesse primeiro, do Bicaense, o preço não se pagava.
Mas na ZDB, antes desse dia de fila comprida a fugir pela rua da Barroca, vi dois ou três concertos dos Dead Combo. Em 2004 eu chegava a Lisboa ao som do Rumbero. Também estive no Santiago Alquimista quando eles fizeram a primeira parte dos Bunnyranch que esses, nem nesse dia, vi. E no Porto no Passos Manuel com a Beatriz pela mão dos seus quase seis anos. E no Maxime já a cantar Ai que vida. E, antes, em Famalicão onde eu depois do concerto, já alcoolizado, meti conversa, parva, com os moços. E fiz figura de parvo. Eles que nem são simpáticos. Nem antipáticos. E que os vejo muitas vezes nesta, deles, Lisboa.
Amanhã estão na Aula Magna. Já depois do São Luiz com a Royal Orquestra das Caveiras, depois de festivais e tantos tantos concertos e quatro álbuns editados e mais uns extras.
O tempo confirmará. Mas Vol.1, de 2004, será uma das maiores referências da música portuguesa. E eles não se deixaram estragar. Parece-me bizarro estarem na Aula Magna. Por me parecer grande esse espaço.
Amanhã gostava de estar na Aula Magna.


Diferencas

Estive de ferias durante a ultima semana. Depois de uma curta incursao a Europa ja estou de regresso a parvonia. Assim em poucos dias estive em 3 paises: EUA, Portugal, Espanha.
Fui 3 dias a Madrid e posso dizer que continuo a gostar da cidade. Tem tudo para ser um bom sitio para viver. Desde os concertos passando pelos restaurantes, museus ou simplesmente ruas. Gosto.
E claro, estive na minha cidade. No Porto. E posso dizer que apesar da crise do pais, a invicta torna-se a cada dia que passa um sitio mais apelativo para viver. O aumento de turistas que as low cost trouxeram para a cidade apenas a beneficiou e nao o contrario. Cada vez que volto ao Porto abriu mais uma serie de restaurantes, bares, cafes, hoteis, hostels,... E a maior parte sao sitios com personalidade, nos quais os donos perderam algum tempo a pensar no conceito. Sendo por isso locais em que nos sentimos bem e aos quais queremos voltar.
Alem disso as proprias pessoas. Exemplo: coincidiu a minha estadia com o sabado no qual foram feitas as inauguracoes das galerias. Fui ate la dar uma volta  e posso dizer que fiquei agradado com o que vi. Pessoas bem vestidas, bem pintadas e/ou penteadas, enfim com pinta. Se calhar agora dou ainda mais valor a isso uma vez que na parvonia a malta deixa um bocadinho a desejar. E e uma pena porque ha mulheres muito bonitas por estas bandas (homens nem tanto). O bom gosto e que perdeu-se algures no espaco e tempo....
Isto tudo para dizer que o Porto e sem duvida uma cidade muito interessante para visitar. Quer seja turista ou imigra...

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Mesmo com o Vitor... SOMOS PORTO

Os autores deste blogue estão pois, futebolisticamente falando, muito felizes. E tantas vezes o Porto nos salva umas horas atirando-nos para a alegria ou mesmo para a euforia. Ser portista é um privilégio. E isso é coisa que não se pode explicar.

Aproveito para fazer um copy paste de algo que um amigo publicou hoje no facebook.
Estatística de um campeão esmagador a nível nacional:
19 vezes campeão nos últimos 30 anos - 63,3%
14 vezes campeão nos últimos 20 anos - 70%
8 vezes campeão nos últmos 10 anos - 80%
Contra factos não há argumentos. Nem idiotas que nos façam crer do contrário.
Somos Porto!

domingo, 22 de abril de 2012

Cinquenta e dois

Faltam-me 13 anos para os 52 anos de vida. Quando era moço mais novo pensei muitas vezes que morreria cedo. Agora, desde há uns anos, tenho a certeza de que morrerei velhinho. E chato. O 52 chegou a número relevante porque o meu pai reformou-se depois de 52 anos de trabalho. Pré reformou-se. Um dos últimos.
Começou mais cedo do que eu. Ele, aos 10 anos já tinha patrão porque entretanto já não tinha pai. Já não o tinha por perto. Só morre quem é esquecido, repete ele muitas vezes. Foram 52 anos de trabalho e parece que 48 de descontos para a dita Segurança Social. Esta é a equação que lhe permitiu optar pela nova vi(d)a. Sendo que não sabe ao certo que vi(d)a é essa. Mas sabe como começa. Logo ao primeiro dia desse resto da vida dele passa-o no hospital. Coincidências pérfidas.

Mas eu a fazer contas de cabeça, sobretudo de somar, que as outras são mais difíceis, cheguei ao resultado do meu 52. Setenta e sete. Se eu trabalhar 52 anos aí chegarei com 77. Provavelmente sem direito a reforma quanto mais a pré. E chorarei todo o dinheiro que mês após mês me levam por imposição deste estado e ao estado que o deixamos, todos, chegar.

A inconfidência seguinte deixaria o meu pai com aquele ar carrancudo que rebenta em caralhadas várias. Aliás, toda esta coisa de estar aqui a falar dele, seria um caos sem diálogo. Mas como não usa a net e a família próxima não lê blogues sinto-me livre de consequências. No meu primeiro dia de trabalho, o primeiro a sério que conta como início da minha série 52, encheu-me ele de conselhos. Mais do que me deu no meu no primeiro de escola. Que me lembre. Eu começava a coisa já tarde e depois de aventuras sem sentido ainda antes da faculdade mas já depois de estágio profissional nada profissionalizante. Ele carregava nesse dia aquele ar de orgulho amedrontado. O filho mais velho começava a trabalhar e no ramo que escolheu (apesar de mais tarde se ter arrependido). O primeiro recibo, esse, seria superior, em valor, a todos os que ele alguma vez veria.
Agora fica em casa. Ele, e a minha mãe, cansados de tanto e de nada, vão tentar aprender a viver juntos outra vez, de outro modo. Num modo com mais horas. Creio que isso os preocupa mais do que qualquer outra coisa. Apesar de eles se preocuparem por tudo e por nada.
O meu pai viverá mais 20 ou 30 anos. No fim, as contas não serão outras. Terá passado mais de metade da vida a trabalhar. Faz parte, dizem. A mim parece-me que nos querem fazer crer que é para isso que cá estamos. Trabalhar. E dizem agora, à boca cheia, que já é uma sorte ter trabalho. Há muitos que não o têm, completam. Às vezes questiono porque tenho de trabalhar tanto. E, sobretudo, para quê.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Esto no es una crisis

A coisa foi replicada em alguns blogues nacionais e passou discretamente pelo (meu) facebook. A jornalista e escritora Maruja Torres escreveu no El Pais de 12 de Abril a síntese perfeita daquilo a que hoje assistimos. Por assim a considerar tenho que aqui replicar essa frase.  E porque este blogue precisa de citações inteligentes e análises sérias.

"Isto não é uma crise. Isto é uma remodelação do mundo, empreendida pelos poderosos para que os fracos percam o pouco que conseguiram ao longo de décadas de luta. Isto é uma asiatização e uma terceiromundização (palavras novas para tempos novos) da Europa, da mais indefesa, é o surgimento de coisas que nem sequer somos capazes de imaginar".
Maruja Torres no El País

E  assistimos pacificamente a tudo isto porque antes da remodelação amarraram os pés, as mãos e o cérebro, taparam os olhos e encheram os ouvidos e alguns bolsos a muitos de nós.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

American Dream

Na semana passada realizei algo que faz parte da paisagem cenica dos Estado Unidos. Quem viu o filme Easy Rider com o Peter Fonda e Dennis Hopper dos anos 70 recorda-se da importancia que este teve na cultura norte-americana.
O espirito de rebeldia e liberdade estava patente na viagem que eles fazem ao leme de uma Harley Davidson.
Pois bem, na semana passada fiz um pequeno passeio de Harley! E certo que nao foi na route 66 ou nas montanhas do Grand Canyon mas foi o mais parecido que consegui. Pelo menos era uma Harley Davidson Fat Boy. Uma das motos miticas da marca.
Ja nao andava de moto ha bastante tempo, nem nunca tinha conduzido uma Harley mas posso dizer que foi super facil conduzi-la. Quem sabe nao conduzirei uma na route 66. Ai sim, teria realizado algo que faz parte da iconografia americana.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Coisas importantes

Nas traseiras do camião do lixo já não há só um rabo de cavalo loiro. A senhora que conheci em Setembro tem agora companhia feminina. Um rabo de cavalo preto. E lá vão elas a conversar enquanto saltitam para espreitar os contentores de lixo espalhados pelos quase inesxistentes passeios da veloz Rua do Século. Uma loira outra morena a fazer lembrar o Marco Paulo. Eu tenho dois amores, que em nada são iguais, mas não tenho a certeza de qual eu gosto mais...
Há gestos que quando feitos por senhoras ganham outra dimensão. Aparentemente indiferentes ao cheiro e à farda feia, são cuidadosas e atentas naquela rotina alimentada de lixo. E ali chegados, diante da secretaria geral do Ambiente, já depois do Tribunal Constitucional, seguem elas pelo Século fora e eu subo pela mui esguia João Pereira de Sousa até à Rua dos Caetanos onde muitas meninas, sobretudo meninas, se preparam para um dia de escola com muita música. Poucas usam rabo de cavalo.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Shearwater

Na ultima semana tenho ouvido este tema dos Shearwater com alguma insistencia. Ainda nao tenho o album para ouvir e ver se vale a pena mas esta musica e bem interessante.
Nao sei se e o timbre de voz do vocalista, se as variacoes ritmicas, se o riff da guitarra. Mas o conjunto de tudo isto torna a musica bem castica...


quarta-feira, 28 de março de 2012

O bando do Edward está de volta

Então Luis, o que achas desta primeira amostra?

Maravilhas da publicidade

Varias pessoas chamaram-me a atencao de uma noticia que andou a correr ai por terras lusas. Pelos vistos foi difundida em diversos orgaos de comunicacao social. Realmente e um marco historico pois e o maior transformador alguma vez feito em mais de 50 anos de existencia desta empresa. Vai ser um desafio ao nivel tecnologico e de engenharia ainda para mais sendo construido em Rincon onde tudo e ainda demasiado verde e problematico.... No entanto tudo isto nao deixa de ser curioso e toda esta publicidade traz um sorriso sarcastico aos meus labios.
O timing de toda esta publicidade e fantastico. Estamos quase a chegar ao fim do primeiro trimestre e e necessario apresentar numeros aos bancos para que continuem a financiar a actividade. Numa altura em que estes fecham as torneiras o mais rapidamente possivel colocando todo o tecido empresarial em serias dificuldades. Assim manda-se umas parangonas para os jornais na tentativa de escamotear a realidade, acreditando que se vai dar a volta aos banqueiros. Ahah! como eles fossem burros....


segunda-feira, 26 de março de 2012

Estatística

Eu, que ao espelho gosto de me apresentar como um tipo "das criatividades", ando agora nas chamadas análises analíticas. Em linguagem de software informático a coisa explica-se assim: se até aqui o meu tempo era maioritariamente passado no Illustrator ou Photoshop agora o excel e o sage gespos roubam os minutos todos à horas. E cada um desses minutos serve para alimentar traços e rabiscos que cada vez faço, eu, menos.
Mas o que importa é que, analiticamente falando, ultrapassamos 100 publicações neste blogue 10 meses depois de termos arrancado com  a coisa. Com esta coisa. O que dá uma bela média de 10 publicações/mês ou qualquer coisa aproximada a um post a cada 3 dias. E milhões de visitas por dia. Arredondando.
Mais de metade destes posts, 50 em 100 é percentagem fácil de calcular longe de uma worksheet do excel, levaram a etiqueta PALCO o que quer dizer musiquinha. Os autores do blogue reveem-se nisto. A maioria das suas conversas é sobre música ou sobre "aquilo que andas a ouvir". Nas conversas o assunto FCP aparece logo depois mas no blogue, e mui graças ao senhor Vitor, não tem grande expressão. Para vosso conhecimento, caros leitores, há a sublinhar que os sms e, mais recentemente, as novas tecnologias web fazem com que os autores assistam "juntos" a muitos jogos.
Mas esta estatística só é assim porque eu, e o quase redneck que aqui escreve, nunca partilhamos as coisas bonitas que nos ocorrem. E só cá vimos falar, por exemplo, dos Tindersticks.
Não sei quantos concertos dos Tindersticks vi e quantos perdi. Não posso por isso calcular nada. Só imaginar que o concerto de hoje em Lisboa é, por certo, imperdível. Ou não. Eu não vou. Na análise analítica da crise percebo que o meu rendimento teve uma variação negativa que me aconselha a controlar reservas. Nem que seja para ver Lambchop ou Edward Sharpe. Caso venham a Portugal já que os primeiros ficam-se por Espanha. Os segundos com datas marcadas até Julho e muita Europa pelo caminho...

Eu já vi no youtube o concerto que os Tindersticks  levaram ao palco do Trianon em Paris no passado dia 5 de Março. Mas o vídeo, enviado por uma leitora do blogue (desculpa Susana mas fica mesmo bonito escrito assim) desapareceu. Liderados pelo Stuart de bigode começam a coisa com Blood. De 1993.




etiqueta: PALCO. Sem oposição na assembleia das labels.

quinta-feira, 22 de março de 2012

SXSWatson

Enquanto o Luis pensa e não pensa e enquanto eu preparo posts fantásticos para este mui nobre blogue aqui fica Patrick Watson @ SXSW. O Luis vai a Austin em 2013 eu lembro-me bem do concerto destes moços na Aula Magna em 2008.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Zola Jesus

O projecto Zola Jesus com o disco “Stridulum II” ja nos tinha deixado grandes musicas. No final do ano passado lanca o novo registo “Conatus” e o conjunto de cancoes e mais uma vez impressionante. O estilo e uma mistura de varias sonoridades e influencas tornando dificil de classificar. Por isso sera melhor ouvir e cada qual tirar as suas conclusoes. Mas nao sei porque sempre que ouco este cd parece-me que ela deve ter sido bastante influenciada pelos Dead Can Dance (que este ano lancam novo cd e fazem tournee. Nao sabiam?! Nao sabiam que eu por um mero acaso ate ja tenho bilhete para o concerto?!). Voltando ao tema deste post, oucam a Zola. Vale a pena.


sábado, 17 de março de 2012

Decisions, decisions....

Estou por estes lados ha dois anos e meio e sempre disso que isto era um isolamento, sem nada para fazer. Pois bem, amanha festeja-se em Savannah o St.Patrick's Day. Estes festejos movimentam um numero impressionante de visitantes e estima-se que amanha Savannah recebera mais de 1 milhao de pessoas. Estes festejos contam-se como sendo os terceiros maiores nos EUA apenas sendo ultrapassados por New York e Boston. Ate aqui nao estavamos mal. O dia 17 e amanha, um sabado, o que me permite ver a parada e ver a festa durante o dia (nos outros anos calhou durante a semana e eu estava a trabalhar apenas vendo durante a noite). Alem disso passei a morar em dowtown Savannah o que me permite caminhar para todo o lado sem precisar de viatura. Por isso so vantagens....
Mas agora aqui vai o problema. No ano passado comprei um bilhete para o mestre Andrew Bird que iria actuar em Atlanta para apresentar o novo album. Quando vi a data fiquei super contente pois o concerto era um sabado e podia ir ate Atlanta ver o concerto. O que eu nao fazia ideia era que o sabado, era o dia 17 de Marco, St.Patrick's Day!!
Por isso pela primeira vez desde que ca estou tenho que decidir entre duas actividades ludicas. Maravilhoso! So a mim e que acontecem destas coincidencias lindas...E agora tenho de decidir o que fazer.

quinta-feira, 15 de março de 2012

La verdad segundo El Corte Ingles

Estes espanhóis nunca tiveram um bom anúncio. Agora têm este. Reconhecem os sítios? E a música?
Eu ando a falar dos Edward Sharpe & the Magnetic Zeros desde 2009. E o Truth do Alexander é a pérola que me acompanha desde 2011. Ganhar dinheiro com royalties assim não é crime, pois não?



quarta-feira, 14 de março de 2012

N'América

O Colbert consegue vencer o Stewart quando tem convidados a fazer isto:


Em Portugal não há televisão assim. Mesmo já com tantos canais temáticos pagos...

sexta-feira, 9 de março de 2012

Os mortos voltam a dancar!

Depois de mais de uma decada de interregno um dos melhores duos criativos de todos os tempos esta de regresso.
Depois de terem iniciado a sua producao criativa em 81 os Dead Can Dance acabaram por se separar em 98. Durante esses anos fizeram albuns de rara beleza passando por sonoridades gaelicas, africanas, do medio oriente e do que mais houvesse. Nao faco ideia como definir o som deles. Se calhar diria musica do mundo.
Em 2005 reuniram-se para fazer uma tournee (nao passaram por Portugal) europeia e americana. Ainda hoje tenho essa “entalada” pelo facto de nao ter conseguido bilhetes para Madrid. Ainda mais quando ha certas pessoas que eu conheco que acabaram por os ver em Sao Francisco…..
Pois bem, desta vez a tournee europeia ja foi anunciada e irao passar pela Casa da Musica (sim, pelo Porto e nao por Lisboa) mas infelizmente os bilhetes esgotaram-se em poucas horas. Tambem os concertos de Paris, Londres, Bruxelas, Colonia, Utrecht esgotaram num par de dias.
Alem da tournee tambem foi anunciado o lancamento de novo album. As duvidas sao muitas mas seguindo a carreira da Lisa Gerrard ao longo destes anos foi possivel observar que a sua veia criativa nao diminui bem como a sua capacidade vocal. Mas ver vamos.
Mas o grande, grande, grande acontecimento e o seguinte:
Eu ja tenho bilhete para os ver em Barcelona!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



quinta-feira, 8 de março de 2012

Airports and Broken Hearts


You Can't Win, Charlie Brown, Márcia, B Fachada, Noiserv, Julie & The Carjackers e João Coração. Eis alguns nomes que ganharam notoriedade na música portuguesa nos últimos tempos. Em comum? Walter Benjamin. Produtor. Mas também autor em nome próprio. E bem.

(se o blogue fosse sério eu metia música à terça e o Luis à sexta. Mas nem o blogue é sério, apesar de honesto, nem as terças e as sextas são sempre terças e sextas. E os fusos são parafusos moídos.)
 

terça-feira, 6 de março de 2012

Eleuthera

O facto de estar ha quase 3 anos neste fim do mundo nao tem grandes vantagens, digo mais, praticamente so tem inconvenientes mas existem algumas excepcoes. Entre elas esta a possibilidade de ver lugares deste lado do Atlantico que de outra forma jamais teria oportunidade. Desde que ca estou ja passei por Sao Francisco, Los Angeles, San Diego, Nova York, Washington, Atlanta, Miami, Chicago, e mais algumas terriolas mais insignificantes.
Ha duas semanas aproveitei para visitar mais uma terriola. Desta feita dei um salto ate as Bahamas. Mais concretamente a ilha de Eleuthera.
Nao ha muito a dizer a nao ser que a beleza natural e realmente estonteante. Desde os tons turquesa do mar, as aguas cristalinas, as areias cor de rosa, as praias desertas, tudo nos transporte para um paraiso.
Gostei.