diz-se

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Mesmo com o Vitor... SOMOS PORTO

Os autores deste blogue estão pois, futebolisticamente falando, muito felizes. E tantas vezes o Porto nos salva umas horas atirando-nos para a alegria ou mesmo para a euforia. Ser portista é um privilégio. E isso é coisa que não se pode explicar.

Aproveito para fazer um copy paste de algo que um amigo publicou hoje no facebook.
Estatística de um campeão esmagador a nível nacional:
19 vezes campeão nos últimos 30 anos - 63,3%
14 vezes campeão nos últimos 20 anos - 70%
8 vezes campeão nos últmos 10 anos - 80%
Contra factos não há argumentos. Nem idiotas que nos façam crer do contrário.
Somos Porto!

domingo, 22 de abril de 2012

Cinquenta e dois

Faltam-me 13 anos para os 52 anos de vida. Quando era moço mais novo pensei muitas vezes que morreria cedo. Agora, desde há uns anos, tenho a certeza de que morrerei velhinho. E chato. O 52 chegou a número relevante porque o meu pai reformou-se depois de 52 anos de trabalho. Pré reformou-se. Um dos últimos.
Começou mais cedo do que eu. Ele, aos 10 anos já tinha patrão porque entretanto já não tinha pai. Já não o tinha por perto. Só morre quem é esquecido, repete ele muitas vezes. Foram 52 anos de trabalho e parece que 48 de descontos para a dita Segurança Social. Esta é a equação que lhe permitiu optar pela nova vi(d)a. Sendo que não sabe ao certo que vi(d)a é essa. Mas sabe como começa. Logo ao primeiro dia desse resto da vida dele passa-o no hospital. Coincidências pérfidas.

Mas eu a fazer contas de cabeça, sobretudo de somar, que as outras são mais difíceis, cheguei ao resultado do meu 52. Setenta e sete. Se eu trabalhar 52 anos aí chegarei com 77. Provavelmente sem direito a reforma quanto mais a pré. E chorarei todo o dinheiro que mês após mês me levam por imposição deste estado e ao estado que o deixamos, todos, chegar.

A inconfidência seguinte deixaria o meu pai com aquele ar carrancudo que rebenta em caralhadas várias. Aliás, toda esta coisa de estar aqui a falar dele, seria um caos sem diálogo. Mas como não usa a net e a família próxima não lê blogues sinto-me livre de consequências. No meu primeiro dia de trabalho, o primeiro a sério que conta como início da minha série 52, encheu-me ele de conselhos. Mais do que me deu no meu no primeiro de escola. Que me lembre. Eu começava a coisa já tarde e depois de aventuras sem sentido ainda antes da faculdade mas já depois de estágio profissional nada profissionalizante. Ele carregava nesse dia aquele ar de orgulho amedrontado. O filho mais velho começava a trabalhar e no ramo que escolheu (apesar de mais tarde se ter arrependido). O primeiro recibo, esse, seria superior, em valor, a todos os que ele alguma vez veria.
Agora fica em casa. Ele, e a minha mãe, cansados de tanto e de nada, vão tentar aprender a viver juntos outra vez, de outro modo. Num modo com mais horas. Creio que isso os preocupa mais do que qualquer outra coisa. Apesar de eles se preocuparem por tudo e por nada.
O meu pai viverá mais 20 ou 30 anos. No fim, as contas não serão outras. Terá passado mais de metade da vida a trabalhar. Faz parte, dizem. A mim parece-me que nos querem fazer crer que é para isso que cá estamos. Trabalhar. E dizem agora, à boca cheia, que já é uma sorte ter trabalho. Há muitos que não o têm, completam. Às vezes questiono porque tenho de trabalhar tanto. E, sobretudo, para quê.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Esto no es una crisis

A coisa foi replicada em alguns blogues nacionais e passou discretamente pelo (meu) facebook. A jornalista e escritora Maruja Torres escreveu no El Pais de 12 de Abril a síntese perfeita daquilo a que hoje assistimos. Por assim a considerar tenho que aqui replicar essa frase.  E porque este blogue precisa de citações inteligentes e análises sérias.

"Isto não é uma crise. Isto é uma remodelação do mundo, empreendida pelos poderosos para que os fracos percam o pouco que conseguiram ao longo de décadas de luta. Isto é uma asiatização e uma terceiromundização (palavras novas para tempos novos) da Europa, da mais indefesa, é o surgimento de coisas que nem sequer somos capazes de imaginar".
Maruja Torres no El País

E  assistimos pacificamente a tudo isto porque antes da remodelação amarraram os pés, as mãos e o cérebro, taparam os olhos e encheram os ouvidos e alguns bolsos a muitos de nós.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

American Dream

Na semana passada realizei algo que faz parte da paisagem cenica dos Estado Unidos. Quem viu o filme Easy Rider com o Peter Fonda e Dennis Hopper dos anos 70 recorda-se da importancia que este teve na cultura norte-americana.
O espirito de rebeldia e liberdade estava patente na viagem que eles fazem ao leme de uma Harley Davidson.
Pois bem, na semana passada fiz um pequeno passeio de Harley! E certo que nao foi na route 66 ou nas montanhas do Grand Canyon mas foi o mais parecido que consegui. Pelo menos era uma Harley Davidson Fat Boy. Uma das motos miticas da marca.
Ja nao andava de moto ha bastante tempo, nem nunca tinha conduzido uma Harley mas posso dizer que foi super facil conduzi-la. Quem sabe nao conduzirei uma na route 66. Ai sim, teria realizado algo que faz parte da iconografia americana.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Coisas importantes

Nas traseiras do camião do lixo já não há só um rabo de cavalo loiro. A senhora que conheci em Setembro tem agora companhia feminina. Um rabo de cavalo preto. E lá vão elas a conversar enquanto saltitam para espreitar os contentores de lixo espalhados pelos quase inesxistentes passeios da veloz Rua do Século. Uma loira outra morena a fazer lembrar o Marco Paulo. Eu tenho dois amores, que em nada são iguais, mas não tenho a certeza de qual eu gosto mais...
Há gestos que quando feitos por senhoras ganham outra dimensão. Aparentemente indiferentes ao cheiro e à farda feia, são cuidadosas e atentas naquela rotina alimentada de lixo. E ali chegados, diante da secretaria geral do Ambiente, já depois do Tribunal Constitucional, seguem elas pelo Século fora e eu subo pela mui esguia João Pereira de Sousa até à Rua dos Caetanos onde muitas meninas, sobretudo meninas, se preparam para um dia de escola com muita música. Poucas usam rabo de cavalo.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Shearwater

Na ultima semana tenho ouvido este tema dos Shearwater com alguma insistencia. Ainda nao tenho o album para ouvir e ver se vale a pena mas esta musica e bem interessante.
Nao sei se e o timbre de voz do vocalista, se as variacoes ritmicas, se o riff da guitarra. Mas o conjunto de tudo isto torna a musica bem castica...