diz-se

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Afinal chove

Depois de Lambchop, e com tanta coisa nova editada em 2012, as primeiras luzes são para os conhecidos de sempre.

É como diz Gonçalo Frota nas páginas do Ipsilon.
"O curioso é que depois de uma série de discos, iniciada com 'Hungry Saw', em que os Tindersticks pareciam estar sempre à beira de tropeçar e já ninguém se lembrar de lhes dar a mão, 'The something rain' fura essa película que conservava a música numa confortável tepidez e mostra que tem tomates. (Intervalo: queremos aproveitar este espaço para lembrar que, tendo estado à beira de tropeçar, os rapazes nunca se estatelaram)."
Eu corrigiria apenas dizendo que esse quase tropeçar terá acontecido logo em 1999 com 'Simple Pleasures'. O génio demonstrado nos três primeiros álbuns foi estando presente na obra posterior mas sem aquela raridade e unidade. Em todos os discos posteriores encontramos músicas valiosas. Mesmo em 'Hungry Saw' e 'Falling Down a Mountain'. Eu, por exemplo fiquei enamorado pela simplicidade de Peanuts e pela surpresa de Black Smoke.
Mas em 'The Something Rain' os Tindersticks voltam de facto aos grandes discos. Não apenas às boas canções. E se Medicine não engana, há por ali muitas outras coisas a merecer a nossa atenção. E o Gonçalo volta a ter razão ao destacar Frozen. A faixa sete.
Resta-me decidir, se ainda for a tempo, se abro a excepção à contenção de despesas e vou até ao S. Jorge ver o enésimo concerto dos rapazes.


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

AVISO

O Vitor Pereira, treinador acidental do FC Porto época 2011/12, não é pessoa apreciada neste blogue. Mesmo nada.
(O pior é que ainda nos vai envergonhar mais duas vezes este ano.)
(Não, o pior mesmo é que eu vou continuar, qual doente mental, a acompanhar os jogos do Porto e à espera de um milagre... Como se o futebol fosse uma realidade paralela que resolvesse, ainda que momentaneamente, coisas)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Clinton November 8, 2011.

Vi ontem o The Daily Show de 8 de Novembro de 2011. A tecnologia faz isto. Aquela coisa que matou o vhs e os vídeo clubes, grava sete programas por semana e eu vejo dois ou três de quando em vez. A percepção que tenho do mundo, e dos americanos em particular, fundamenta-se, portanto, em factos de há quatro meses... revelados num programa informativo insuspeito.
Ainda estou nas pré primárias dos Republicanos quando Herman Cain, Michele Bachmann e, oh god, Rick Perry eram candidatos. Mas neste programa o tema foi a economia. Depois de uma mão cheia de Jon Corzine (que através da sua MF GLOBAL, agora falida, investiu na dívida de Portugal)  foi Bill Clinton o convidado de Jon Stewart. O ex presidente, para além de explicar bem os seus argumentos, disse algo assim "Não podemos lidar com a questão da dívida - como os britânicos estão agora a perceber - com austeridade, a não ser que haja crescimento.  Se houver crescimento, quando, por exemplo, cortamos o défice temos taxas de juro muito baixas e os proprietários das casas poupam, os negócios poupam, há maior investimento. Mas se as taxas de juro já estão praticamente a zero, não há actividade... Se houver grandes cortes agora, o que acontecerá provavelmente é a descida das receitas fiscais, ainda maior do que o corte na despesa e o défice irá piorar. Temos de fazer crescer a economia e voltar a dar emprego às pessoas."
Ou seja. Austeridade sem encorajar a economia, não trará mais receita fiscal e muito menos crescimento económico mas apenas mais problemas. Mas este é um homem pouco temente a Deus que se envolveu sexualmente com uma estagiária... o que sabe ele?

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Gone Tomorrow

Novo de Lambchop. Eis algo que nunca passará indiferente por estas bandas. Qualquer que seja a banda do Atlântico. Não sei há quanto tempo, mas descobri os senhores de Nashville pela mão do Luis. Há muito tempo.
Perante a falta de tempo e lucidez para escrever salva-nos a música. Eis o primeiro vídeo de Mr. M.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Dinner Theatre

Neste pais e possivel encontrar de tudo e no domingo passado voltei a ter uma nova prova disso mesmo.
Pela primeira vez desde que ca estou decidi ir ao cinema. Escolhi o complexo mais recente e la fui eu a minha vida.
Quando ia para comprar o bilhete a menina avisa-me que o filme iria passar numa sala "Dinner Theatre". Eu sem saber o que isso era tentei perceber melhor. Perguntei-lhe inocentemente se seria um "cinema theatre". Ao que ela me responde que sim, que a sala tinha dois niveis, que tinha mesas e "booths".
Pois bem, sem entender la muito bem onde me iria meter acabei por arriscar. E nao e que a sala estava cheia de mesas e "booths" (nao sei qual a traducao para isto...)tal qual um restaurante?!! Ate a ementa nas mesas podemos encontrar, com pizzas, bifes, saladas,...Ja nao chegava a historia das pipocas e coca-cola. Esta gente tem sempre de ir mais alem. Surreal!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

The lucky one

Depois de uma temporada a escrever num baby flash blogue não admirará que venha para aqui com pieguices paternais. Eu que até evito falar nos meus filhos para não me acusarem, em demasia, de ser vaidoso e estar sempre a dizer maravilhas acerca deles.
Mas o Isaac, dois anos, adora música e está sempre a surpreender-me com as suas opções. Claro que canta, e ele canta muito, o atirei o pau ao gato e o balão do João e a bola do Manel e afins normais da idade. Mas é nas opções em outros géneros menos infantis que me enternece. A mais recente obsessão é o Magic Arrow, dos Timber Timbre, que quer ouvir vezes sem conta. De quando em vez lá anda ele pela casa a trautear a coisa. MAGICÓÓ.  É também fã, há já muito tempo, dos Edward Sharpe & The Magnetic Zeros. Gosta especialmente de Home, Janglin  e de 40 days que dansamos tantas e tantas vezes. Talvez por reconhecer a voz também se entusiasmou com  o Alexander Ebert e o seu Truth e Let's win. Emociona-se com o vídeo Mr. Carousel do Noiserv mas adora ver e pede-o frequentemente. Entre os portugueses gosta também, e sempre em versão repeat,  You Can't Win, Charlie Brown - Green Grass #1.No carro quando ouve  Dead and gone dos Black Keys diz que é rock and roll. E depois sublinha, Rock and Roll é Rolling Stones.
Adora pegar nos cds do pai* (no carro há muitos) e coloca-los no leitor. Põe um e carrega no eject. E vai repetindo a brincadeira até parar atento a ouvir o início de uma qualquer melodia. Foi assim que se interessou por Vincent Delerm. A última descoberta do Isaac foi Au Revoir Simone. Pôs o cd e ficou parado a ouvir o início de The lucky one. Virou-se para mim e disse "olha pai que música tão bonita". E ficamos a ouvir em repeat. Agora pede-me para dizer So let the sunshine e de manhã ao acordar, tenta repetir essa frase, no tom correcto.
I'm the lucky one, digo eu.


*um tipo normal não escreve Adora pegar nos cds do pai. Escreve Adora pegar nos meus cds. Pai babado.

The Maccabees

No inicio deste ano os The Maccabees lancaram o seu novo album. Do Reino Unido surge “Given to the Wild” que e uma excelente proposta para quem procura sons melodiosos mas ao mesmo tempo ritmados e uma voz inspiradora. A voz em falseto do Orlando com as guitarras cristalinas e a precisao da percursao torna este cd uma excelente aposta para o inicio de 2012. Mais uma vez as terras britanicas produzem musicas de grande qualidade.


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Portateis

Quando cheguei a esta terriola aprendi que o os PC’s portateis, aka laptops, aqui tem outro significado. Sempre achei que o conceito de um portatil fosse levar o computador para casa quando terminasse o dia para que na eventualidade de ser necessario se possa resolver algum problema que surja. Sempre fiz isto, seguindo o exemplo dos que me rodeavam. A maior parte das vezes o computador vai e vem pelo mesmo caminho, sem nunca sair da mochila, mas por vezes acontece ter de fazer alguma coisa que nao pode esperar pelo dia seguinte (poder ate e capaz de poder mas pronto ja sabemos como estas coisas sao...).
Mas ao chegar aqui cheguei a conclusao que ninguem leva o portatil para casa. Pontualmente um ou outro e capaz de levar mas sao excepcoes. Isto pode ter varias interpretacoes mas a minha e que a partir do momento que sao 5 da tarde a empresa morreu e so voltam a pensar em trabalho no outro dia.
Entao a minha pergunta e: porque e que esta gente quer tanto ter um portatil? Para passearem na empresa com o computador debaixo do braco e parecerem que trabalham muito? Por uma questao de estatuto? Enfim...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Bom ou Mau

Ja esta nas prateleiras (ou melhor dizendo nos pc’s) o album que muitos, incluindo eu, esperavam ansiosamente. “Born to Die” da menina Lana Del Rey foi editado. Quanto a veredictos, o que se pode ler na imprensa especialiazada e uma critica negativa generalizada. Desde a Pitchfork, Spin, Rolling Stone, todos dao nota negativa album (pronto o britanico NME da nota positiva). Todos dizem mal do disco. Ou porque as musicas sao vazias ou porque a menina e uma falsa e resume-se a um produto de marketing, tudo sao motivos para reprovar o album. Incluindo a aparicao da menina no SNL no qual teve uma actuacao desastrosa e foi completamente cruxificada por isso, passando de bestial a besta (sera que ja ouvi esta expressao em outro contexto??)
Quanto a minha opiniao e depois de uma primeira audicao acho que esperava mais depois da antecipacao de algumas musicas. Durante o album LDR tanto tem momentos maus quando resolve fazer incursoes no hip-hop (“Off to the Races” ou “Lolita”), momentos bons quando entra em ritmos trip-hop (“Summertime Sadness”, “Without you” ou “Radio”) e momentos excelentes com os sucessos “Video Games”, “Blue Jeans” ou “Born to Die”. Olhando como um todo acho que e um bom cd com algumas musicas excelentes e que estarao com certeza entre as melhores do ano.
Aqui fica o ultimo video de LDR.



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Record nao quebrado

Que miseria! Que tristeza! O Horror! Estes sao alguns adjectivos que poderao descrever o que se passou em Barcelos no passado domingo. Como foi possivel o FCP nao bater o record que perseguia ha dois anos quando so faltavam 2 jogos para o atingir? Os jogadores deviam ser obrigados a devolver os salarios correspondentes a estes 2 anos. Ate podiam ter perdido o jogo mas com dignidade, com luta, com raca. Mas o que se viu foi uma equipa completamente apatica e nitidamente a fazer o frete de ter de dar uns chutos a uma bola. E para culminar o palhaco do treinador vem falar mal do arbitro! Ate podemos ter sido roubados mas isso nunca apagara a tristeza de exibicao.

Enfim, este ano o FCP tera uma epoca para esquecer.

PS: hoje estive a ver um pouco de um jogo do Man.City e so espero que o Porto nao seja humilhado e perca por poucos golos

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Pai

É só por uns dias. Vou estar noutro blogue até dia 7 de Fevereiro. Estar talvez não seja o verbo certo. Mas na blogosfera é permitido dizer o que apetece como apetece. O facto de estar cinco dias sem publicar o que seja não é caso para me desculpar. Tanto eu como o Luis estamos semanas sem aqui teclar. Teclar talvez seja o verbo certo. Mas é só para registar que nos próximos cinco dias vou estar em modo "pai a tempo inteiro".
Podem ver aqui.
http://panadosdochefe.blogspot.com

Correcção

Um pouco alcoolizado pelo mau dia (voltarei ao tema mais tarde) formulei um post atabalhoado. Nem sou grande apreciador da Ruby Tuesday. Para corrigir a mão e manter a qualidade inequívoca deste blogue faço este post extraordinário. Leia-se "excepcional, não obrigatório, não ordinário". Não no sentido de "assombroso ou estupendo".

Lambchop - If Not I'll Just Die

Lambchop - Gone Tomorrow

Mr M. De todos os novos álbuns de 2012, este dos Lambchop é aquele que aguardo com mais interesse. Mas o Bird ainda me vai por a assobiar. Eu sei.


Andrew Bird - Break It Yourself from Mom+Pop on Vimeo.