diz-se

quarta-feira, 29 de junho de 2011

18 minutos

Sugeriram-me um vídeo. Através dele, diziam, perceberia melhor o objectivo do trabalho que me acabavam de entregar. Encontraria ali o conceito desejado. A ideia que deveria perseguir.
Segui o link e percebi que teria sessão de esclarecimento durante 18 minutos. Iniciei a visualização. Fui interrompido uma e outra vez. Isto e aquilo, esta e aquele, mais um telefonema e outro email e alguém à porta e a entrega de outro trabalho. Reler um texto, aprovar um desenho. Print, save, delete, undo.
O vídeo ficou ali esquecido entre as dezenas de separadores dos vários browsers que permanecem abertos durante todo o dia. Entre os sites que actualizo, os que espreito, os que consulto e claro o facebook, mais o email, os dicionários, mais a rádio, mais os blogues amigos que leio e os sites da bola à espera das contratações e vendas do FCP... a internet é uma vastidão. A internet é um vazio.
Não vejo mais do que um vídeo ou dois por dia. Das dezenas que me são sugeridos. Não é possível ver um vídeo com mais de 5 minutos na internet durante o dia de trabalho. Às vezes, almoçando ali, em frente ao ecrã, esse desafio é superado. Às vezes os clips musicais resistem. Mas tantos morrem ao fim dos primeiros segundos.Ouço-os. Já não os vejo. Guardo, para ver ou rever, em mais separadores que se abrirão no dia seguinte de modo automático.
Não há tempo. A internet é veloz. Oferece demasiado. Há dias em que espreito as notícias enquanto aceno com a cabeça em longos telefonemas. Outros em que os separadores ali ficam sem um único olhar.  
Devia ter tempo para ver os vídeos e os textos que me ajudam a fazer melhor o meu trabalho. Mesmo sem o apelo da internet seria impossível. Todo o rodopio esvazia o tempo.
O trabalho foi feito. Será revisto e terminado amanhã. Ou ficará como está. O vídeo foi só mais uma coisa que dificultou a gestão do tempo. Este vídeo. Que tem 1,664,340 views.
este, este sim, uma inspiração escolhida aleatoriamente entre as tantas sugestões do mural do facebook. (Acabo de sugerir 24 minutos de vídeos online)

sábado, 25 de junho de 2011

Eu sou o gajo que esta nos States. Nem sequer vai ser necessario olharem para a assinatura para identificarem quem escreve. Basta lerem umas linhas de cada post e verificarem que ha um de nos que talvez nao saiba escrever, pois nao usa acentos e afins. Ou talvez nao. Talvez seja apenas por ser preguicoso ou entao talvez por estar a escrever num teclado americano....a escolha e do leitor. Mas posso desde ja dizer que esta primeira e simples diferenca entre os dois paises provoca algumas dificuldades de interpretacao. E verdade que podia passar o que escrevo por um corrector ortografico mas alem do trabalho que isso da tambem perdia este toque pessoal. Eheh.

domingo, 19 de junho de 2011

Dizer distante, diz tanto.

Este é um blog amador.
Sem pretensões, crenças religiosas e muito vincadamente apartidário. São dois tipos vulgares. Um é director financeiro e está nos States algures em Savanah. Outro é director de comunicação e vive algures em Lisboa.
Nenhum está na terra que quer. São ambos do Porto. São amigos. Nem sempre estão de acordo. Em muito do que se diz nunca estão de acordo. E escrevem neste blog sobre o que lhes apetece. Sobre estar distante. Sobre distância. Sobre tanto. Sobre tudo.
Um olhar atento, ou distraído, sobre o trabalho e o trabalho que isso lhes dá e sobre as geografias e as gentes que os rodeiam.