diz-se

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Bruxas

Na semana passada iniciaram-se as comemoracoes do Halloween. Mas desde ha um mes que todos os estabelecimentos comerciais comecaram a engalanarem-se para a data. Eles sao fantasminhas, teias de aranha, bruxinhas, morceguinhos e sem faltar a linda da abobora. Tudo sao enfeites. Podemos dizer que e o Natal mas com enfeites diferentes. Basicamente existem 2 tipos de halloween: o das criancas e do trick-treat e o dos adultos que nao passa do equivalente ao nosso carnaval. Mas no fundo, no fundo, o Halloween nao passa de uma forma de os comerciantes venderem mais um pouco numa sociedade incrivelmente consumista.
Para culminar esta palhacada completa, ou se quiserem bruxaria completa, na semana passada quando cheguei ao escritorio, o gabinete do meu departamento estava tambem enfeitado com esses motivos. Obviamente comecei a ferver e tive de reprimir a malta. Mas nao muito.Ha que evitar choques culturais. Mas imaginem o que e chegar ao dep.financeiro e ter as paredes enfeitadas com teias de aranha ou bruxas...e de morrer, certo? Credibilidade vai para o caixao. Felizmente tinha a porta do meu gabinete trancada...

Nossa Srª do Aloín

De um lado os nossos excelsos governantes planeiam suprimir alguns feriados ao calendário anual e terão até já o beneplácito da Igreja Católica. Do outro é ver as incautas crianças, adolescentes e outros mais crescidos, a comemoram o tal do halloween. Enquanto a crise aconselha contenção eis que as montras nos sugerem outonais máscaras carnavalescas de gosto muito duvidoso.
Estamos numa nova ordem capital. Se a televisão sugere que nas Américas as crianças se divertem no trick-or-treat, os comerciantes aproveitam os olhos dos miúdos para ir ao bolso dos pais. Pena que o Ramadão ou o Brit Milá não tenha presença tão mediática nas nossas televisões.
Mas esse tal Halloween é de facto exagerado para nós. Vazio de sentido e tradição serve apenas para alimentar a pobre economia das fantasias e disfarces. Mas se olharmos atentamente fantasias e disfarces é o que não falta a este condenado país. E, tal como nos filmes série B, decidimos traduzir a coisa para Dia das Bruxas (seria Witches Day) o que é mais, muito mais do que tradução livre.
Luis, tu podes comemorar. Estando no meio dos americanos é só cortar as abóboras e vestires de negro e afins. Publica, por favor, fotos das tuas celebrações.




sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Blood Pressures

Hoje e o meu dia de deixar uma musiquita. Como nao tinha nada de muito actual para deixar fui buscar um album que saiu em Abril deste ano e que nas ultimas semanas tenho ouvido com alguma frequencia. O ultimo album dos The Kills nao trouxe nada de novo a musica deles mas ao mesmo tempo tambem nao desiludiram a sua base de fas. A musica deles continua com as batidas habituais e os riffs de guitarra de Hince tao caracteristicos. Exemplo disso e um dos singles de apresentacao e que deixo o video em baixo.
Alem disso toda aquela tensao e sexualidade que pairava sobre a dupla no "Midnight Boom" parece-me que se mantem, mas talvez agora o suspense tenha desaparecido com o anuncio do casamento entre Hince e a top model Kate Moss (apesar disto nao interessar a ninguem achei giro escrever...).
Parece-me que a pressao sanguinea deste casal ainda continua alta.




terça-feira, 25 de outubro de 2011

From Canada

Hoje é terça-feira e não me esqueci.
Timber Timbre saídos da lista de coisas recentes que já não dispenso. Esta é o do último Creep On Creepin' On (2011). Eu que ainda andava com o Timber Timbre (2009) como companhia tenho mais isto para compor a banda sonora diária.
Têm datas marcadas para Espanha em Novembro. Terminam aqui ao lado uma volta europeia. Mas como é coisa que nem a RADAR passa, não passam em Portugal. Uma pena.


Ser benfiquista



Ontem de manhã diverti-me a ler crónicas internéticas sobre o jogo do Porto. 5-0 ao Nacional. No facebook e nos blogues, mas também nos comentários às noticias dos media on line, que hoje em dia é fácil atirar a opinião ao vento, os benfiquistas faziam a sua apreciação. Também gosto de os ouvir junto à máquina de café ou ao almoço na mesa ao lado. Uma opinião de um benfiquista sobre um jogo do Porto é a mesma coisa que ouvir o trânsito na rádio. VCI congestionada no sentido Feixo - Arrábida, problemas na Rotunda AEP, etc e a sul 2ª circular com trânsito intenso até aeroporto, mais a ponte e o fogueteiro e o diabo a quatro. É sempre o mesmo. Penalties por assinalar, expulsões perdoadas, agressões, violência e quase mortos. Escândalos de escandalizar. Ui. E uma vintena de iLikes.
Eu não percebo o que os faz perder duas horas de domingo a ver um jogo do Porto. Eu sei que, de quando em vez, lá se vê futebol do bom e jogadores, do melhor que cá temos, a fazer o que melhor sabem. Eu sei que eles, habituados aos jogos da última época, ficam à espera de grande espectáculos.... Mas este jogo, como tantos esta época, foi tão fraco que até a mim me custou aguentar até ao fim. Mas os benfiquistas lá ficam até ao último apito não vá um jogador cair e eles gritarem FALTA, PENALTI. ESCÂNDALO.
Deve haver portistas assim, eu sei. Eu, felizmente, não conheço nenhum e também não vejo jogos do Benfica. Claro que me mantenho informado sobre aquilo que os adversários vão fazendo mas não tenho paciência para ver o Jesus terráqueo a mastigar chiclet.
Ontem além dos inúmeros erros de arbitragem apontados, todos prejudiciais ao Nacional, sobravam os insultos fáceis ao Hulk. Não pelo golo fantástico que marcou. Mas porque pintou o cabelo. Ora, isto é doença. A mim o cabelo do David Luis ou as madeixas do quase melhor jogardor do mundo de seu nome Fábio, nunca me preocuparam. Nem a permanente do verdadeiro astro argentino. É preciso ser infeliz para passar uma noite de domingo assim.
Eu tenho quotas para amigos benfiquistas assim. Nas redes sociais também.

Ontem à noite vi a gala dos Dragões de Ouro. E isso merecia outro texto. Gostei de ver o Villas-Boas a aplaudir de pé, emocionado, quando os jogadores campeões nacionais, vencedores da taça, da supertaça e da Liga Europa entraram no palco. E perdi a conta a tantos títulos que conquistamos na época 2010/11. Natação, bilhar, basquetebol, hóquei, andebol, séniores, juniores, eu sei lá. E gostei daquela pronúncia. E de ouvir tantas vezes que somos Porto. E que Somos Porto mesmo quando as coisas não correm bem.
O Vitor Pereira, esse, estava a pensar no treino de hoje. Alheado das luzes mediáticas.

"É uma honra e um orgulho estar entre vocês e receber um prémio desta envergadura. Qualquer prémio atribuído a um indivíduo num desporto colectivo é, e sempre será, algo ingrato e injusto. Por isso, partilho-o convosco. Assim fomos educados, todos decisivos na obtenção do nosso sucesso, todos decisivos no nosso compromisso com a vitória. De azul e branco essa bandeira avança, de azul branco indomável e imortal, como não pôr no Porto uma esperança se daqui se fez o nome de Portugal"
André Villas-Boas


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Carta aberta

Lisboa, 23 de Outubro de 2011

Caro Luis

Espero que esta mensagem te encontre de boa saúde.
Escrevo-te de um país em crise. Tão grave que até o Outono se recusou a entrar ao serviço. Pela chuva de hoje parece que estamos também a poupar nas estações. Teremos passado do Verão para o Inverno. Comemos castanhas assadas com uma mão e gelados com outra. Agora o céu estoirou e aposto que lá fora há já árvores caídas, inundações, desbamentos e afins. Eu acho é que não tenho roupa senão de Verão.
Não sei se tens acompanhado as notícias sobre este país. Mas se queres o meu conselho é simples. Deixa-te estar. Todos querem emigrar. Menos o Portas, claro. E o bando de gestores de topo que vão ganhar comissões por terem atingido objectivos. Despedem pessoas, cortam salários, retiram prémios e afins não pagam a fornecedores e no fim, na hora de fazer contas, dá lucro. Para eles.
Os únicos negócios que estão a crescer são as lojas (podemos chamar a isto lojas?) de compra de ouro. Há mais estabelecimentos destes do que bancos ou cafés. Se fecha um café, passados uns dias lá está a montra forrada com um Compramos o seu ouro. Estive para fazer um post só sobre isso. Mas ando a poupar. Até nos posts. Porque não tenho ouro.
Tenho uma outra ideia que nunca concretizarei. Talvez já alguém o tenha feito mas eu gostava de fazer um álbum fotográfico das ruas de Lisboa, seleccionando apenas os sinais desta crise moderna. Os restaurantes cheios, a deitar filas de espera pela rua também seriam incluídos. Mas são tantas placas vende-se a pintar as fachadas dos prédios que me prendem a atenção. Isso e os respigadores à volta do lixo. É pois a crise. Cortes salariais, metade do subsidio este ano, os dois por inteiro no próximo ano, mais um imposto aqui, mais outro ali.
E para o ano mais meia hora por dia de trabalho. Anunciou o Pedro. Que vetou o PEC IV do José e o obrigou a dedicar-se à Filosofia. O Pedro, que também não terá Natal ou férias, apresentou agora um género PEC IV revisto e agravado. O pior mesmo é que apesar de indignados ninguém está verdadeiramente surpreendido.
O 'teu' Obama também fala da gente. Diz ele que a culpa da crise, que eventualmente sentes desse lado, é culpa dos europeus. Eu, vá lá, não me sinto nada europeu.

Eu sigo algo atrapalhado. Parece que não tenho tempo. Até para falar contigo ao telefone ou escrever, e mesmo para ver os teus posts no blogue. Andarão a cortar também no tempo? É que não tenho muito, não. Qualquer dia será taxado. O tempo.
A família alargada e ver os miúdos a crescer são o melhor e quase a única coisa que resta. No trabalho sobram urgências e problemas. Tento eu, quase só, manter-me resignado mas activo. E muito curioso com as medidas a anunciar para 2012. Agora são anúncios. Não são propostas.
E até o Porto nos dá alegrias tristes. Ganhámos por 5-0 mas não valemos 0,5. É a crise. A Moody's também cortou no ratting do FCP. Estamos em modo Jesualdo. Ganhamos no campeonato (sem saber bem como) e seremos (medo) humilhados na Europa.

Até breve caro amigo. E que a força esteja contigo. A salvação poderá passar por uma qualquer crença religiosa. Ou pela venda de ouro.
Abraço
Jaime



domingo, 23 de outubro de 2011

Lisboa Mulata

Este post serve para comemorar a edicao do novo album dos Dead Combo. Em Lisboa Mulata os Dead Combo transpiram para o album influencias africanas. Estas influencias apenas disfarcam um pouco todo o lado melancolico tao caracteristicos desta dupla. Mas isso nao passa de um disfarce... Continua a ser musica visual, que nos transporta para diversos imaginarios, e que devemos ouvi-la bem alta para partilhar com todo o bairro!
Como nao consegui encontrar nenhum video de lancamento ao novo disco deixo uma musiquita mais antiga. Esta de certeza que o Jaime vai gostar…E eles estiveram no Hard Club no dia 14 de Outubro. O que eu ando a perder….


Estranhas vibracoes

Hoje estou numa onda um pouco diferente. Resolvi trazer uns jovens que ja conheco ha uns anos e que gosto bastante. Mas preciso estar para ai virado....
Quem gostar do estilo dos anos 70 de rock psicadelico do tipo Janis Joplin, Jeferson Airplane, Doors, ira gostar deles certamente.
Os albuns deles podem por vezes tornar-se repetitivos mas se estivermos para se realmente gostarmos do som deles estes podem tornar-se hipnotico.
Parece-me que o ultimo album destes texanos subiu alguns degraus na variedade de sons no entanto continua a ser nos riffs intensos e psicadelicos que se baseia a qualidade do som dos Black Angels.
Estas vibracoes nao sao sem duvida para todos os gostos...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Depois da bonanca...

Hoje vi um pouco do jogo do FCP contra o Apoel a contar para a Liga dos Campeoes. Confesso que fiquei um pouco preocupado.
E verdade que este deve ter sido um dos poucos jogos que vi o Porto jogar por isso nao posso opinar sobre a qualidade ou falta dela desta equipa, no entanto achei que foi um jogo fraquito. O FCP pareceu-me lento, sem ideias, sem carisma, sem garra...lembrou-me o FCP do Co na era pos Mourinho. Lembrou-me o jogo com o Artmedia (alguem ira esquecer esse jogo??).Sera que vamos passar por uma fase pos Villas Boas? Ou estara a ser apenas um mau comeco de epoca para o clube?
E mais, na epoca pos Mourinho havia a desculpa da saida de varios jogadores fundamentais mas esta epoca apenas saiu um jogador realmente importante: Falcao. E certo que era um jogador muito importante mas justifica tudo? Nao me parece...
Espero estar enganado e apenas ter tido azar ao ver um jogo menos conseguido do clube (sempre gostei desta giria desportiva....). Espero que depois da epoca passada recheada de exitos nao venha um deserto de conquistas. Espero mesmo que depois da bonanca nao venha a tormenta.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Overtime

Escrevo este express post no meio de duas semanas terriveis de trabalho durante as quais tenho estado a trabalhar cerca de 16hr/dia, fins de semana inclusive. Neste momento sao duas da manha e comeco a ficar um pouco cansado...
Mas tudo isto para dizer que a empresa onde trabalho tera algumas dificuldades em sobreviver se todos os portugueses que estao aqui expatriados regressarem a Portugal. O desprendimento dos americanos relativamente as empresas e gritante. Seria impensavel para qualquer um deles estar a fazer estas maratonas sem qualquer contrapartida financeira. Se calhar eles e que estao certos e os portugueses e que sao desorganizados e e que gostam de trabalhar sobre pressao mas este e um facto do qual nao se pode fugir. E curioso dar uma vista de olhos pelos escritorios da empresa e verificar que apos as 5 da tarde as unicos colaboradores ainda a trabalhar sao os portugas...
Quem estara certo eles ou nos?

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Love Boat version of '40 Day Dream'

Já aqui trouxe esta trupe. E talvez o faça mais vezes. Estão sempre a voltar à minha playlist. Agora chegou mais esta pérola gravada num picnic na Irlanda. Fresquinha já que só ontem foi colocada no YouTube. Os Edward Sharpe & The Magnetic Zeros já estão a experimentar versões dos seus temas. E hoje de manhã isto aliviou-me, e muito, o peso da terça-feira. E bom, como à terça eu devo meter música no blogue.... sei que o Luis vai gostar.


Lixo


A rota de um camião do lixo coincide com o meu passeio matinal por Lisboa. Ali, entre o Príncipe Real descendo a rua do Século e subindo pela mui esguia João Pereira de Sousa até à Rua dos Caetanos. O meu objectivo, agora que já conheço a rotina, é entrar na rua do Século antes da dita viatura. Se ficar atrás perco ali uns bons 10 minutos. A pequena pode chegar tarde à escola. Até porque, depois de eu parar com intermitentes ligados, ela precisa ainda de 10 minutos. Oito para sair do carro (mochila, marmita, saco de tiracolo e mais um extra qualquer que nunca identifico) e talvez dois cheguem para chegar à sala de aula. Tudo isto ainda antes das 8h20m.
Quando, como hoje, entrei no século já atrasado, acompanho o camião analisando o empenho dos "homens do lixo". Hoje por acaso um deles era uma. Loira, cabelo amarrado, farda larga para o corpo. Luvas. Nem todos usam luvas. Em tempos fiz uma ronda com os homens do lixo na zona das Antas, na mui nobre cidade do Porto. Tipo reportagem fotográfica e avaliação da implementação do sistema de recolha selectiva porta a porta. Desde então, ou um pouco antes ainda, interessam-me os gestos daqueles homens, e agora mulheres, que, pendurados nas traseiras de um camião mal cheiroso, vão saltitando entre o degrau, a rua e o passeio. Atiram sacos para a trituradora móvel, abanam caixotes, bociferam com os sacos que mal atados se espalham no chão. Uns apanham o que cai, outros seguem indiferentes. Por vezes separam para si um ou outro objecto como se fosse a gorjeta. "Talvez este rádio ainda funcione".  Siga gritam depois para o motorista que acelera percebendo, imagino eu, o final do turno. E o rabo de cavalo da loira lá foi subindo a Rua da Rosa deixando um rasto de cor e odor bastante peculiar. Como diria o Senhor Lei da cidade dos brinquedos.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Encore

Gostava de um dia assistir a um concerto em que as músicas fossem sorteadas. Imagino uma tombola no meio do palco. O Adolfo a girar a grande roda de acrílico para depois tirar um papel e anunciar, por exemplo, Ventos Animais.
No final do último concerto, em Lisboa, no dia 1 de Outubro, ali mesmo no Cais do Sodré, comentava o alinhamento e defendia que um concerto dos Mão Morta nunca é mau. Tivesse as músicas que tivesse. Mesmo numa sala má, como é essa coisa chamada TMN ao vivo. Tão má é a sala que, para nela melhor me encaixar, acabei a ver o concerto na lateral do palco. Fiquei satisfeito. Estaria a um metro do Vasco Vaz e via o público de frente. Aos meus pés, porque próximos dos pés do guitarrista, a set list anunciava a música seguinte. Perdi aquela surpresa de reconhecer e vibrar com os primeiros acordes de cada novo tema. Mas, nem a sala, nem isso, conseguem estragar um concerto dos Mão Morta. Não há como eles.Perdi a conta aos concertos que assisti. É fantástico perceber que a energia está sempre presente. Que a música, que cada música, é avassaladora. Que eles parecem não envelhecer apesar de estarem mais velhos. Podia referir detalhes sem fim. A dança do ventre no 1º de Novembro (sim, uma bailarina no palco entre risos e aplausos), o peluche que o Adolfo espancou, as farpas do Adolfo ao triste Portugal e afins. Mas sublinho antes que  foi raro quando em Anarquista Duval, segundo encore, o Rafael mais uma vez dispensa as teclas e pega na guitarra ficando alinhado com o Sapo, a Joana, o Vasco e, excepcionalmente, eu no fim dessa linha. As cordas todas numa energia contagiante. Com o Miguel Pedro a desafiar a bateria e o Adolfo as palavras.

«Sou uma miragem, Dizem que semeio o caos e a destruição
Como o vento semeia as papoilas
O meu nome é... Liberdade»


(foto de telemóvel de uma outra quase linha)

encontrei mais fotos aqui

e o soundcheck de Véus Caídos.
Mão Morta - ''Véus Caidos'' from MPAGDP on Vimeo.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Wild Beasts II

O concerto decorreu no Variety Playhouse em Atlanta. Lembrou-me um Sa da Bandeira. Um pouco antigo, um pouco degradado, um pouco estranho. O publico era escasso. A sala estava praticamente vazia, pouco mais de 200/300 espectadores. Demonstrativo de que a musica europeia tem alguma dificuldade em entrar nos EUA. Mesmo os grupos britanicos.E mesmo o vencedor do Mercury Prize de 2010.
Hayden Thorpe iniciou o concerto dos Wild Beasts apenas com a sua voz - nua e crua. Ao abrir as hostilidades com o fantastico tema "Lion's Share", o publico fez um silencio sepucral e imediatamente percebeu o que ia assistir: musica ao vivo no seu estado mais puro. Tal como deveria ser sempre.
A medida que os musicos iam percorrendo as musicas o publico ficava fascinado e apaixonado pelas suas performances.
Ate chegamos a um dos momentos altos da noite, a musica "Albatross" do ultimo album. Foi curioso ver a forma como eles lidaram com um problema nos equipamentos (danificados durante o ultimo concerto em Austin que estiveram de baixo de chuva torrencial). Eles estavam tremendamente a vontade, apesar das diversas ameacas e solucos ate a musica finalmente comecar, e o publico estava completamente conquistado durante esse comeco atribulado. Todos sabiam o que viria mal os instrumentos colaborassem...
O concerto continuou a decorrer como seria de esperar, passando por temas iconicos como "Two dancers" ou "The devil's crayon".
Mas infelizmente o que e bom sempre acaba. E neste caso ainda acabou mais cedo. O concerto foi demasiadamente curto, pouco mais de uma hora e um quarto. Soube a pouco, a muito pouco mesmo, para quem estava avido de assistir a um bom concerto.
Resumindo, foi sem duvida um excelente concerto. E as musicas em palco nao desiludem bem com a voz de Thorpe.